FESTAS FELIZES



Desejo Festas Felizes e um Próspero ano de 2011 a todos os companheiros deste blog e visitantes.

NÓS POR CÁ TODOS BEM



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COMUNICAÇÃO "ON LINE"
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A comunicação “on-line” está na ordem do dia. Qualquer um de nós é protagonista diário de uma saga que tem a ver com rotinas diárias que passam pela utilização da www, nos seus múltiplos aspectos:
- Motores de busca para recolha de informação;
- Correio electrónico para difusão de mensagens;
- Blogues e web sites para editar textos, imagens e sons;
- Redes sociais como o Facebook, para convívio e partilha de informação.
Hoje os eventos ocorrem à escala planetária e a sua divulgação processa-se à velocidade de um click.
Somos cidadãos do Mundo e neste ano de 2010, em que se comemora o Centenário da I República Portuguesa, quer queiramos ou não, somos os herdeiros lusitanos da Revolução Francesa, arautos dos valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade entre os homens.
Pesem embora alguns desvios de percurso, aqueles são valores que permanecem actuais e que urge honrar e revitalizar, porque os grandes valores são eternos. Têm a dimensão do Homem e/ou de Deus. A opção fica ao critério de cada um, porque é isso que é ser um Homem Livre.
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PROBLEMÁTICAS SUSCITADAS PELA COMUNICAÇÃO “ON-LINE”
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Hoje não podemos estar de costas viradas uns para os outros. A Liberdade exige Responsabilidade e não pode ser Anarquia em nome do combate à Tirania. A Cidadania exige que cada um de nós dê a cara e se assuma de corpo inteiro, não se refugiando no anonimato ou o que é pior do que isso, não se mascarando cobardemente atrás de um pseudónimo, que muitas das vezes não é mais que o auto-reconhecimento da incapacidade de ser um Homem Livre.
Hoje, comunicar é importante. Tão importante como respirar ou comer. É igualmente um acto que deve ser assumido de uma forma ética. Hoje, não é admissível que ninguém, em nome de nenhuns pseudo-valores, tente rebaixar os outros, para se elevar a si próprio. Hoje e muito bem, fala-se em Ética da Comunicação.
Hoje, que somos Homens Livres, devemos ter respeito pela Dimensão dos Outros, bem como respeito pela Propriedade e entre ela a Propriedade Intelectual. Um acto de comunicação na www, não pode ser um mero acto de corte e colagem. São atitudes que devem ser reprovadas pela Comunidade. A Elevação do Homem é fruto necessariamente do Trabalho e do Aperfeiçoamento, mas nunca da facilidade, nem do facilitismo.
São estes alguns dos valores em que acredito. Por eles dou a cara no blogue ESTREMOZ NET (http://estremoznet.blogspot.com), no qual, como diria Ives Montand, sou “compagnon de route” de amigos que não pensam como eu, mas que eu respeito na sua individualidade, porque como Homens de Corpo Inteiro, dão a Cara, na defesa dos ideais em que acreditam. Posso discordar deles, mas respeito-os.
Essa a Postura que será sempre a minha, nesse blogue cujos membros, numa atitute tipicamente cristã, ali resolveram partilhar o seu amor a Estremoz.
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BLOGUE “ESTREMOZ NET”
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“ESTREMOZ NET“ é um espaço de Encontro e de Caminhada, para quem ama Estremoz, o qual assumiu a forma de um blogue de âmbito local e regional, generalista e que se orienta pelos princípios da liberdade, do pluralismo e da independência, procurando assegurar a todos o direito ao debate construtivo e responsável. Como tal, respeita os direitos, deveres, liberdades e garantias consignadas na Constituição da República Portuguesa. Por isso, assume-se como independente de todos os poderes políticos e económicos, bem como de qualquer credo, de qualquer doutrina ou ideologia, respeitando todas as opiniões ou crenças. As opiniões políticas, doutrinárias ou ideológicas ali veiculadas, apenas vinculam os respectivos autores.
“ESTREMOZ NET" é integrado por bloggers que validarão sempre com o seu nome, os respectivos posts e tem a particularidade de não publicar comentários anónimos, mas unicamente os comentários de leitores devidamente identificados.
"ESTREMOZ NET" considera a sua acção como de serviço público, com respeito total pelos seus leitores, em prol do desenvolvimento da identidade e da cultura local, regional e nacional, da promoção do progresso económico, social e cultural das populações e do reforço da independência nacional e da paz. Estes são de resto, os princípios consignados no Estatuto Editorial do blogue.
Criado a 27 de Março de 2010, é integrado por 27 membros e tem como administradores António José Ramalho, José Capitão Pardal e Hernâni Matos. Da equipa de 27 bloggers, 7 ainda não chegaram a postar, provavelmente porque se dividem por múltiplas tarefas e outros têm postado espaçadamente. Todavia há um “núcleo duro” que assegura a continuidade e a permanência do blogue colectivo que veio para ficar. A sua saúde está bem e recomenda-se. De resto, não se trata de uma federação de blogues locais contra ou a favor de alguém, mas apenas de um espaço de Encontro e de Caminhada, para quem ama Estremoz, onde se valorizam questões como: Liberdade versus responsabilidade; - Anonimato e Identificação; - Ética da comunicação; - Propriedade Intelectual.
Outros números: até à presente data foram postadas 186 mensagens e verificaram-se 10849 visitas, o que corresponde a uma média de 35 por dia. O que não é mau, se atendermos a que é um blogue que entronca na realidade local.
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BLOGUE “DO TEMPO DA OUTRA SENHORA”
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Tem endereço http://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com . Surgido a 20 de Fevereiro passado, trata-se do meu blogue pessoal, de autor, com posts originais, fruto da criação literária e da recolha etnográfica. Aí como blogger assumo “A escrita como Instrumento de Libertação do Homem” e centro a escrita em conteúdos que têm a ver com Estremoz e o Alentejo, muito particularmente os Usos e Costumes, a Arte Popular e a Identidade Cultural Alentejana. E sobretudo muito, mas muito humor, humor às carradas, com base em factos da vida real, que são “do tempo da outra senhora”.
Alguns números relativos a este blogue: até à presente data foram postadas 75 mensagens, o que corresponde a uma média de 1,8 mensagens por semana. Verificaram-se até agora 25527 visitas, o que corresponde a uma média de 148 por dia. O que seria bom para um blogue de âmbito local, mas que é fraco para um blogue que se assume como de âmbito nacional. De qualquer modo, a visualização do blogue tem vindo a consolidar-se e é caso para dizer que “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. O blogue que aposta forte na selecção de links para outros blogues, tem 108 seguidores através do “Google Rede Social” e 33 através dos “Networked Blogs”. Até agora os seus 75 posts receberam 295 comentários, o que corresponde a uma média de 3,9 comentários por post e é revelador da interactividade que este blogue suscita.
Este blogue tem como rectaguarda no Facebook um Grupo de Fãs homónimo do blogue, integrado até ao presente por 1534 membros, número que cresce diariamente.
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MENSAGEM FINAL
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Contra aquilo que apregoam alguns profetas da desgraça, apetece-nos parafraser o cineasta Fernando Lopes, dizendo:“NÓS POR CÁ TODOS BEM!”
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ARMANDO ALVES - O SENTIDO DE UM TRAJECTO


Foi inaugurada no passado dia 11 de Dezembro, no Centro Cultural Dr. Adriano Moreira, em Bragança, uma exposição antológica da obra de Armando Alves. A exposição realizada a convite do Presidente da Câmara Municipal, António Jorge Nunes, estará patente ao público até finais de Janeiro, donde seguirá para Zamora (Espanha).
A exposição intitulada “O sentido de um trajecto” coroa 60 anos de carreira do artista e engloba trabalhos seus dos anos 50 do século passado até aos nossos dias.
Armando Alves nasceu em Estremoz em 1935. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, e na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Aqui conclui o curso de Pintura com vinte valores, o que originou, em 1968, a formação do grupo “Os Quatro Vintes” com Ângelo de Sousa, José Rodrigues e Jorge Pinheiro, com o qual se apresenta em exposições no final da década de 60. Entre 1963 e 1973 foi professor assistente na escola portuense, tendo aí introduzido o estudo das Artes Gráficas. A sua saída da Escola implicou, aliás, a dedicação às artes gráficas como responsável por essa área na Editorial Inova, fundada no Porto em 1968, e foi nesse domínio que recebeu o 1º prémio da Grafiporto, em 1983.
Tendo começado por uma figuração que pode aproximar-se do universo neo-realista, optou seguidamente por um informalismo matérico desenvolvido na década de 60. Nos anos 70 dedica-se à construção de objectos pintados, de grande depuração formal. A partir dos anos 80 retoma os valores da paisagem que reformula à luz de um abstraccionismo lírico.
Começou a expor individualmente em 1964, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto para apresentar exclusivamente trabalhos de artes gráficas. Neste ano expõe na Cooperativa Árvore, onde voltaria em 1985 e 1993. Em 1978 e 1981 realiza exposições na Galeria do Jornal de Notícias, no Porto e em 1987 e 1990 apresenta-se na Galeria Nasoni, Porto. Em 1994 e 1995 expõe na mesma cidade, respectivamente na galeria Degrau Arte e na Galeria Fernando Santos. Em 1996 realiza nova exposição na Pousada de S. Francisco, em Beja, e em 1997 na Galeria Municipal de Vila Franca de Xira e na Galeria da Praça, Porto. Em 2001 expõe na Sala Maior, na cidade do Porto.
Com o grupo “Os Quatro Vintes” realizou exposições na Galeria Dominguez Alvarez, Porto (1968), Galeria Zen, Porto (1969), Sociedade Nacional de Belas-Artes (1969) e Galeria Jacques Desbrière, Paris (1970).
Entre 1997 e 2007 participou em exposições no Brasil, Chile, Cabo Verde, Maputo e Ryahd – Arábia Saudita. De então para cá tem realizado várias exposições individuais e participado em muitas outras exposições colectivas.
No dia 10 de Junho de 2006 é agraciado pelo Presidente da República com o Grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito. Em Outubro desse mesmo ano, é homenageado pelo Município de Estremoz com a Medalha de Mérito Municipal – Ouro. Em Dezembro de 2009, recebe o “Prémio de Artes Casino da Póvoa”.
É caso para perguntar, quando é que os estremocenses terão o privilégio de ter entre si uma exposição de pintura de Armando Alves? Esta, a realizar-se, deveria ter por palco um dos locais mais nobres para o efeito: a Galeria D. Dinis ou o Museu Municipal Joaquim Vermelho. Aqui fica o alvitre a aguardar uma resposta.
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1954 - Óleo sobre tela (49,5 x 28,5 cm)
1958 - Óleo sobre tela (80 x 47 cm)
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1963 - Óleo sobre tela (84 x 99 cm)
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1978 - Óleo sobre tela (60,5 x 60,5 cm)
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1984 - Óleo sobre tela (63 x 77 cm)
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1986 - Óleo sobre tela  (200 x 160 cm)
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1995 - Óleo sobre tela (65 x 50 cm)
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2003 - Óleo sobre tela (80 x 120)
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2009 - Óleo sobre tela (40x40 cm)

Ó PRA ELES!

O corredor do poder da passada quinta-feira foi elucidativo sobre o que querem e pensam o PCP e o BE relativamente às opções económicas do país, esquecendo-se que já não estamos no verão quente de 75 e que o 25 de Novembro nos devolveu a liberdade entretanto perdida.
A discussão sobre a distribuição antecipada de lucros das empresas privadas, face a uma vergonhosa proposta do PCP, típica dos regimes socialistas ditatoriais, aplaudida pelo BE, demonstra o total desfasamento relativamente ao Estado de Direito Democrático destes dois partidos e as suas reais intenções.
Aos saltinhos e aos pulinhos, todos encarniçados, PCP e BE apregoaram a imoralidade das empresas que decidiram distribuir lucros antecipados, de acordo com a lei, porque estavam a roubar o Estado. É verdade, pasme-se!
Mas, pior do que isto é entenderem que o Estado tem o direito de alterar a seu belo prazer as regras do jogo, conforme os seus interesses pessoais para se alimentar do dinheiro dos privados, tendo estes a obrigação servil de cumprir cegamente.
Este comportamento, típico dos regimes socialistas ditatoriais, que o PCP e o BE pretendem aplicar a Portugal, tem como fundamento o facto de o Estado ser o princípio e o fim de tudo e nada mais interessa a não ser a satisfação dos interesses e da gula do Estado, para o qual todos têm que trabalhar e pagar, sem piar.
Felizmente não vigora em Portugal um regime socialista ditatorial e, felizmente que o PCP e o BE não são nem nunca serão governo.
Para o PCP e para o BE não interessa se o Estado gastou demais e mal e se devia gastar menos e bem, ou se é o culpado pela situação em que nos encontramos. O que interessa ao PCP e ao BE é que o Estado tem que ser alimentado à custa dos outros.
Para o PCP e para o BE o Estado em vez de servir tem que ser servido, tudo sendo permitido, ao Estado, claro, para atingir esse fim.
Não lhes interessa saber, ao PCP e ao BE, se o Estado viola a lei e os mais elementares princípios de direito democrático, porque isso é coisa que não existe para o Estado, que está acima de tudo e da lei.
Para o PCP e para o BE não é imoral propor a aprovação de leis que violem os mais elementares princípios de direito democrático e que essa alteração prejudique o sector privado, desde que sirva os seus interesses.
Para o PCP e para o BE não é imoral nem ilegal propor uma lei retroactiva dirigida a uma determinada empresa ou a um conjunto determinado de empresas que agiram segundo a lei vigente, para lhes sacar o dinheiro.
Imoral para o PCP e para o BE é as empresas agirem de acordo com a lei e decidirem de forma independente, sem autorização e dependência do Estado, decidindo segundo os seus interesses e não segundo os interesses do Estado.
A excitação era tanta que, quando confrontados com o óbvio ficaram sem reacção e, quando Nuno Melo perguntou a João Oliveira porque é que não entregavam os lucros da festa do Avante ao Estado para o ajudar, irritou-se, dizendo que não era a mesma coisa!?!?! No que foi logo aplaudido pelo BE. Surreal, não é?
Assim que se toca nos seus benefícios e mordomias, parece que se lhes espetam alfinetes, porque se consideram intocáveis.
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Luís Assis
Publicado também na edição nº 750 do Jornal Brados do Alentejo

FERIADOS A MAIS?

Charlie Chaplin (1889-1977) em "Tempos Modernos" (1936)

Faz cem anos que a República foi proclamada. Estava-se no dia 5 de Outubro de 1910.
Os novos dirigentes do País procuraram criar uma cultura cívica e laica. Quer isto dizer que incentivavam a cidadania, a participação consciente de cada um, o culto pela História, e, claro, uma separação entre as esferas civil e religiosa.
Uma das suas preocupações foi colocar de forma lógica, no calendário, festividades, que se traduziram em feriados, que proporcionassem aos cidadãos ocasiões para celebrarem eventos de realce, que seriam também de reflexão cívica. Decidiram também permitir que continuassem a ser feriados uma série de festividades católicas.
Assim, para além do 5 de Outubro, data da proclamação do novo regime, alguns feriados, alguns provindos ainda da monarquia, receberam consagração oficial. Foi o caso do 10 de Junho (aniversário da morte do maior poeta português, Luís de Camões, representando o próprio País), e do 1.º de Dezembro (aniversário da libertação de Portugal do domínio de uma potência estrangeira, e, com a República, Dia da Bandeira).
A ditadura Salazarista respeitou estas datas, embora deturpando o sentido cívico das mesmas, e acrescentou-lhe o 28 de Maio. O 25 de Abril de 1974 veio restaurar esse sentido cívico, legalizar um feriado de significado mundial (o 1.º de Maio), e, claro, tornar feriado o 25 de Abril um feriado mais.
Na origem de todos estes feriados estão, pois, intenções, celebrações, eventos que a Portugal e à sua História e transformações políticas dizem respeito. Não são datas de "preguiça", nem tempo perdido, como não o são os Domingos e parcialmente os Sábados...embora os tempos recentes de capitalismo agressivo já tenham eliminado, em muitas "actividades", estes descansos semanais, que são basicamente uma conquista civilizacional. Na verdade, o ser humano não é uma máquina, precisa de tempo para si próprio.
Na Europa "comunitária", o número de feriados é variável. Há países que têm menos feriados do que Portugal. Outros há que têm mais.
Estamos a falar de países diferentes, de histórias e sensibilidades distintas. Não se podem fazer generalizações neste campo.
Mas eis que surge uma ideia bizarra... vinda, como vem, de elementos de um partido republicano. Eliminar feriados. Aproximar Portugal da média europeia neste campo. Juntar feriados a fins de semana (que para alguns já não existem), para evitar as "pontes". Ah!
Em nome da sacrossanta Produção e da saída da crise.
Em vão procuramos, vindos destes deputados, ideias para diminuir o fosso entre ricos e pobres em Portugal. Ou para melhorar a produção...num sentido qualitativo (que é o que faz realmente aumentar significativamente a riqueza), e não num sentido quantitativo. Ou para acabar com o escândalo dos "off-shores" e com a desigual distribuição da riqueza. É preciso é trabalhar, trabalhar, trabalhar. O ser humano não precisa de lazer. É apenas um mecanismo.
A pobreza cultural desta proposta é ainda mais exasperante quando se verifica que os feriados religiosos ficam intocáveis nas intenções destes deputados. Na verdade, para um não religioso, ou, talvez melhor, para um não católico, o que significa o dia do Corpo de Deus?
Não se pretende reabrir uma "Guerra" religiosa, mas não se compreende que, no centenário da República, se tentem abolir feriados de participação cívica e de memória histórica da colectividade, e se esqueça que, pela lógica laica do mesmo regime republicano, deveriam ser os feriados religiosos os primeiros a ser sacrificados!Perante a lógica economicista destas propostas, há que dizer, uma vez mais, que o trabalho deve proporcionar ao Homem o que ele necessita, e não transformar-se numa forma de o escravizar.
Façam-se propostas para distribuir melhor a riqueza nacional, de diminuir o fosso entre ricos e pobres, e proponham-se, pontualmente, dias de trabalho voluntário para isso. Se de facto essas propostas foram credíveis, se levarem a corrigir assimetrias e injustiças, muitos de nós (eu incluído) não se importarão de trabalhar um dia extra. Para alimentar um sistema económico que vê em cada cidadão uma peça duma máquina desumana que produz sem lógica e só para proveito duma economia demente, não vale a pena sacrificar as datas que cada ser humano, em particular, e que cada colectividade, em geral, foi consagrando... e que muitas vezes foram conquistas da nossa civilização.
Querem ver que ainda vamos voltar às 14 e 16 horas de trabalho do início da Revolução Industrial... lá no ano de 1800?
Estremoz, 11 de Dezembro de 2010
Carlos Eduardo da Cruz Luna

Bloco de Esquerda já tem Sede em Estremoz.

Luís Mariano no uso da palavra.
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No passado dia 28 de Novembro (domingo), o Núcleo de Estremoz do Bloco de Esquerda (BE), inaugurou a sua sede, situada no número 15 da Rua Capitão Mouzinho de Albuquerque. Ao acto iniciado cerca das 11 horas, compareceram cerca de 40 pessoas, entre militantes e simpatizantes.
Dando início às intervenções, Luís Mariano fez um balanço do trabalho do BE a nível local, criticou a política autárquica de Luís Mourinha e equacionou as tarefas que se põem aos bloquistas com a crise, manifestando a convicção de que a existência de uma Sede se traduza na melhoria da intervenção do Bloco, a nível de trabalho poítico.
Seguiu-se a deputada Catarina Martins que caracterizou a crise a nível global e nacional, apontando as tarefas que se põem aos bloquistas no actual contexto, que inclui ainda a batalha das Presidenciais 2011.
Terminadas as intervenções, seguiu-se um almoço de convívio num restaurante local, que incluiu no final, uma actuação do cantor popular Liordilho.
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A deputada do BE, Catarina Martins, durante a sua intervenção.
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O almoço de convívio que reuniu militantes e simpatizantes do BE.
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A actuação do cantor popular Liordilho.

Antes que seja tarde…

Um aspecto das casas degradadas no Largo do Espírito Santo.
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Várias Câmaras Municipais estão endividadas até às orelhas, como se costuma dizer.
O Município de Estremoz não está ainda na zona mais negra da lista, mas ao que tudo indica, o seu presidente – Luis Mourinha – tudo está disposto a fazer para colocar nos ombros de cada estremocense, mais uns milhares de euros de dívida…
A compra indiscriminada de imóveis, as iluminações de Natal, os projectos megalómanos como a Zona Industrial de Arcos, etc., são exemplo do que não se deve fazer em tempos de crise.
Vários municípios já cortaram nas iluminações de Natal, mas por cá vamos sorrindo e andando em frente…
São os próprios comerciantes a afirmar que o dinheiro que se gasta nestas coisas era melhor estar nas mãos das pessoas…
Dezenas de milhares de empresas declaram falência, mas Mourinha quer uma zona industrial em Arcos e “loteamentos” para comércio e serviços em Veiros.
Diz ter encontrado uma dívida municipal maior do que esperava, mas atira-se a comprar imóveis sem conta nem medida, aumentando essa mesma dívida.
Poupar em tempos de crise é ter a imaginação suficiente para não gastar acima das nossas possibilidades enquanto concelho do interior, sem tecido industrial forte e sem recursos assinaláveis.
Poupar em tempos de crise é criar um plano concelhio de recuperação das casas degradadas que dê casa a quem dela precisa, que dê emprego aos pequenos empresários ligados à construção civil e que mude radicalmente o aspecto desta cidade que é linda mas tão mal tratada pelos vários poderes municipais e centrais.
Poupar é criar emprego.
Criar emprego é apoiar os micro empresários e trabalhadores por conta própria.
Poupar não é chegar a Novembro e poupar nos post’it ou nas esferográficas.
O que se espera da liderança municipal é que saiba evitar os maiores “apuros” em datas limite e situações críticas.
Mas poupar não pode ser à custa dos direitos dos trabalhadores municipais ou dos subsídios de acção social.
Poupar é não gastar e é para hoje.
Amanhã será tarde de mais.

Luis Mariano

CONFERÊNCIAS ALÉM TEJO


PROGRAMA

14.15 – ABERTURA (Dr. Luís Assis)
14.30 - O TURISMO E O INTERIOR: PERSPECTIVAS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO (Dr. Telmo Correia)
15.00 - DEBATE
15.15 - AGRICULTURA NO ALENTEJO: NOVAS PERSPECTIVAS DE FINANCIAMENTO (Dr. Luís Valente)
15.45 - DEBATE
16.00 - SEGURANÇA: NECESSIDADES DAS FORÇAS POLICIAIS NO INTERIOR, SUA REORGANIZAÇÃO (Dr. Nuno Magalhães)
16.30 – DEBATE
16.45 - SAÚDE E CUIDADOS PALIATIVOS: UMA NECESSIDADE NUMA POPULAÇÃO ENVELHECIDA (Dra. Isabel Galriça Neto)
17.15 - DEBATE
17.30 - O PROBLEMA DO EMPREGO E O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO NO INTERIOR: PERSPECTIVAS E FORMAS DE RESOLUÇÃO ( Dr. Luís Pedro Mota Soares)
18.00 - DEBATE
18.15 – ENCERRAMENTO (Dr. Paulo Portas)
19.30 – JANTAR DE NATAL DA DISTRITAL DE ÉVORA COM A PRESENÇA DO DR. PAULO PORTAS


Conferência: Gratuita, mediante contacto prévio para inscrição
para o tlf: 964370614 – 919316103 – mail: distritalevora.cds@gmail.com
(Entrada mediante inscrição prévia obrigatória e sujeita à capacidade da sala)
Jantar: por pessoa €: 18,00 – jantar buffet
Local e Data: Évora, Hotel Évorahotel, 18 Dezembro 2010
Organização: CDS-PP
Destinatários: militantes e simpatizantes

COMO SE VAI DE DUARTE PIO À UNIÃO?


Duarte de Bragança, em entrevista à Lusa no dia em que comemoramos a restauração da independência, mais uma vez (repete-se muito), disse que a República foi uma perda de tempo e que a monarquia poderia ter proporcionado a Portugal as mesmas realizações que a aquela. Diria eu que à Monarquia não faltou tempo para o demonstrar e parece que também o perdeu.
Não me interessa o que diz Duarte Pio, nem por que razão ainda o vão ouvir. Na verdade nem é o meu ponto de partida, o 1º de Dezembro , dia do ano em que comemoramos a restauração da independência em 1640 e nos demarcámos do domínio dos Filipes que me importa, mas o tema que dali, em associação livre, me apareceu, e que foi o 1º de Dezembro de 1977, marco de um renascimento que na minha história pessoal, como na doutros, aparece misturada com o Hino da Restauração. Nesse dia, depois de aprendido o solfejo e as primeiras notas num instrumento sob a batuta do saudoso Mestre Genaro Manteigas, a Banda saiu à rua com um bando de miúdos e seguramente muitas fífias que os músicos seniores da União tentaram abafar e apoiar. Tocou-se o Hino da Restauração. Eu estava lá, do lado das fífias (é claro). Esse 1º de Dezembro marca o que foi o ressurgimento da Banda da União (como conhecemos a Banda Municipal de Estremoz), que está aí, sempre a ensinar música aos estremocenses, desempenhando na formação dos que têm a sorte de por lá passar um papel inestimável, a troco de quase nada que não a dedicação.
Dos colegas que tive na União muitos tinham talento e deles alguns encontraram, a partir do que ali aprenderam, uma carreira profissional que, diga-se também, alguns puseram ao serviço daquela Casa que estimam, ensinando às crianças de Estremoz uma das mais sublimes artes.
Outros, como eu, já lá não estão, mas está com eles, como comigo, o muito que ali aprenderam. O conhecimento é um tesouro de que nos apropriamos e eu, que o valorizo, posso testemunhar que, na vida, me serviram os saberes que ali me ofereceram, sem dar nada em troca, a não ser o meu reconhecimento e muita saudade.
Também não interessam os meus estados de alma e não perderia tempo com eles se não estivesse segura de que a União, como as restantes Filarmónicas do concelho, desempenham um papel na educação e formação musical das nossas crianças que é precioso e que está ali, para todos, sem excepção, uma oportunidade de conhecimento, de descoberta de talentos e de destinos a que devíamos dar mais atenção. E, além de tudo isto, fazem muito mais.
Cumpro assim o estranho itinerário que me levou de Duarte Pio à União.

Foi publicado no nº 16 Jornal E de Estremoz, de 03 de Dezembro de 2010

A ESQUECIDA!


A estrada que liga Estremoz a Sousel, EN 245, pode considerar-se a estrada esquecida ou a vergonha de todos, poder local e central, pelo estado que apresenta há já vários anos, em parte do troço Estremoz/Sousel.
A mesma estrada, EN 245, após Sousel nem parece a mesma, nem parece ser a continuação da mesma estrada, tal é a diferença que apresenta, mas o mesmo se pode dizer do troço de Estremoz ao cruzamento de Santa Vitória do Ameixial.
Até Santa Vitória do Ameixial a estrada foi objecto de recuperação e alargamento, mas, repentinamente e vá-se lá saber porquê, ali ao virar da curva (no verdadeiro sentido da palavra), eis que a mesma estrada passa a ser um caminho de cabras autêntico, estreitinho, cheio de buracos e remendos sobre remendos de alcatrão, curvas mal desenhadas, onde não passam em sentidos opostos duas viaturas pesadas.
É exactamente o troço que atravessa a serra de Sousel que se nos apresenta pela frente neste estado deplorável de conservação e de falta de modernização, tornando-a perigosa para quem nela circula, parecendo que se trata de uma estrada do lá vai um, quando há muita auto-estrada com menos movimento que a velhinha EN 245.
E menos se percebe porque é que no mandato do anterior executivo camarário nada se fez, tendo em conta que o partido político no poder era o mesmo! Foi mais um momento desperdiçado para se aproveitar para pressionar o governo central e as Estradas de Portugal a resolverem o assunto.
Parece que é uma estrada sem importância nenhuma, mas é importante, pois faz a ligação entre o concelho de Estremoz e Sousel no mais curto trajecto e é a ligação mais próxima que Sousel tem da auto-estrada A6, com saída a escassos metros da EN 245.
Tal significa que a sua localização estratégica é fundamental para o desenvolvimento de Sousel. Mas não se pense que só Sousel beneficiaria da recuperação deste troço da EN 245, porque Estremoz também beneficiaria, tendo em conta que a maior parte dos residentes de Sousel faz a sua vida em Estremoz.
Seria, por isso, um claro exemplo de melhoria de vida para todos, para além de ser da mais elementar justiça que este troço fosse recuperado, à semelhança de todo o restante percurso, que já foi alvo de recuperação e beneficiação.
Mas pode pensar-se que estou a falar de alguma barbaridade de quilómetros, mas não, estou a falar de cerca de 4 quilómetros que necessitam das referidas obras.
Esquecida há anos e preterida em relação às demais estradas, a EN 245 merece a atenção do executivo camarário e do poder central, mais concretamente, das Estradas de Portugal, por se tratar e uma estrada nacional.
Será bom e importante que o actual executivo diligencie para que este pequeno troço da EN 245 seja recuperado, reabilitado e beneficiado, à semelhança do que já aconteceu na parte restante do seu percurso, pois é uma obra importante que urge realizar.
Será que Estremoz não percebe, ou não quer perceber que más ligações desviam os potenciais consumidores para os concelhos vizinhos? Perde Estremoz e perde o comércio estremocense.
Há pois que pressionar as Estradas de Portugal para realizar a obra.
Pior que esquecida é cair no esquecimento!

Luís Assis
Publicado também na edição nº 749 do jornal Brados do Alentejo

ESTREMOZ PELA VIDA CONTRA A PENA DE MORTE!

BOMBA ATÓMICA!

Cartoon de Henrique Monteiro

A aprovação do orçamento de Estado para 2011, que prevê o aumento da taxa de IVA para 23% é uma autêntica bomba atómica que o governo PS, com o acordo do PSD, lançou sobre todo o interior do País, com a zona de impacto nas zonas fronteiriças.Com a actual taxa de IVA já se sentia o descalabro económico do interior do País, com a fuga dos consumidores para Espanha, onde a taxa de IVA é de 18%, afirmando a CCP (Confederação de Comércio e Serviços de Portugal) que num raio de 50 km da fronteira as perdas do comércio português já estavam a tornar-se insustentáveis para os pequenos e médios comerciantes.Com o aumento da taxa de IVA para 23% as zonas afectadas aumentam para um raio de 90 km da fronteira, segundo a CCP, o que significa um brutal aumento de consumidores a optarem por fazer compras em Espanha, em vez de o fazerem em Portugal.PS e PSD não quiseram saber das consequências desta medida sobre o interior do país e das consequências a nível de arrecadação de receita fiscal, que se traduzirá num brutal decréscimo, com todas as consequências para as autarquias fronteiriças, que perderão rendimento.Este OE para 2011 prova que, o que o PS e o PSD pensam é que o País é Lisboa e o resto é paisagem ou, então, um deserto. Embora ainda não o seja, com esta verdadeira bomba, o resto do País vai, muito rapidamente, tornar-se paisagem ou um deserto.O governo PS, com a ajuda do PSD, criou aos pequenos e médios comerciantes do interior do País uma concorrência desleal para com os seus vizinhos espanhóis ao aumentar o diferencial da taxa de IVA para 5%, impedindo os comerciantes portugueses de poderem vender o que quer que seja.Como é que é possível concorrer com um diferencial destes na taxa de IVA, que irá, necessariamente, encarecer todos os bens e serviços prestados nas zonas fronteiriças e até 90 km da fronteira.Só para se ter uma ideia, no Distrito de Évora, Arraiolos fica a 91 km de Badajoz, no Distrito de Beja, Ferreira do Alentejo fica a 88km de Rosal de la Frontera, e no Distrito de Faro, Albufeira fica a 91km de Ayamonte.Basta olhar para o mapa para verificarmos que Arraiolos, Ferreira do Alentejo e Albufeira estão sensivelmente a meio dos respectivos distritos, o que significa que para a população da metade interior dos respectivos é mais barato ir a Espanha fazer compras do que em Portugal.Significa isto que nos Distritos de Évora, Beja e Faro os pequenos e médios comerciantes e produtores vão perder clientela e o Estado vai perder rendimento, proveniente da arrecadação de receita fiscal.Estima a CCP que este aumento irá traduzir-se numa quebra de rendimento de 17%, criando entre 15 a 20 mil novos desempregados no interior do país, pelo menos, desde um paralelo que diste 90 km da fronteira.Se olharmos para o mapa de Portugal percebemos a dimensão catastrófica das consequências de uma decisão tomada e pensada no e para o litoral, bem como a situação que criaram para todos os pequenos e médios comerciantes, produtores e industriais do interior do País, obrigando-os à ruína completa, por imposição legal. O OE para 2011 é a expressão da ruína que o PS impôs a Portugal, com o acordo do PSD.

0Luís Assis
Publicado também na edição nº 748 do jornal Brados do Alentejo

EU E O PODER


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CAMINHAR É PRECISO
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Desde sempre me preocupei em aprender, no que tive em conta o pensamento produzido por outros. A simples talhe de foice, faço três citações:
- Padre António Vieira (1608-1697): “Para falar ao vento bastam quatro palavras; para falar ao coração são necessárias obras”.
- Provérbio macua: “Não se assinala o caminho apontando-o com o dedo, mas sim caminhando à frente”.
- Poeta sevilhano António Machado (1875-1939):
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“Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar…”
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CAMINHAR SEMPRE
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Sou dirigente duma associação cultural sedeada em Estremoz, que completou este ano, vinte e sete anos de existência, durante os quais fizemos o caminho que percorremos. Caminho nem sempre fácil, a maioria das vezes, repleto de pedras que fomos guardando. Com elas construímos o nosso próprio castelo.
Nesse caminho, aprendemos a dialogar com o poder local, conscientes de que a cada um de nós cabe o seu papel. Ao poder cabe a implementação de políticas que estejam ao serviço da coisa pública. Às associações culturais cabe a produção de eventos nos quais a comunidade se reconheça.
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O CAMINHO NÃO TEM FIM
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Ciclicamente, de quatro em quatro anos, a natureza do poder muda ou não muda e com ele o ritmo do percurso do caminho que percorremos. Em vinte e sete anos de caminho somos levados a reconhecer que o poder nem sempre é igual. Umas vezes a nível de Presidente da Câmara e de Vereador do Pelouro da Cultura, existe sensibilidade e capacidade de diálogo com as Associações. Outras nem tanto, outras mesmo nada. Como diria Lenine (1870-1924): “Que fazer?”. A resposta só pode ser uma: “Caminhar, descobrindo então o nosso próprio caminho.”
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O CAMINHO CONTINUA
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Nas últimas eleições autárquicas ocorreu em Estremoz uma mudança de paradigma. As eleições foram ganhas pelo MIETZ – Movimento Independente por Estremoz, que pregou uma partida aos partidos tradicionais. Homens e mulheres, velhos e novos, tradicionalistas e alternativos, crentes e descrentes, de direita ou de esquerda, monárquicos ou republicanos, deram a vitória ao MIETZ. Tudo leva a crer que pela descrença nos partidos tradicionais e pela dinâmica gerada pelo carisma e pelo populismo de Luís Mourinha.
É esse o poder que temos. É com ele que fazemos o nosso caminho. Cada um no seu papel.
O meu relacionamento com Luís Mourinha, para além do aspecto meramente institucional, é coloquial e fraternal, o que vem desde os bancos da Escola, em que eu fui seu professor e ele meu aluno. Com o resto dos membros do executivo, o meu relacionamento tem sido igualmente fácil e pautado por grande cordialidade em interacções que temos tido na área cultural.
Decorrido um ano de exercício do poder, num período de crise económica profunda, a minha opinião pessoal é a de que é positivo o saldo do balanço da actividade autárquica desenvolvida pela equipa liderada por Luís Mourinha. Todavia não sou ingénuo e sei que alguns daqueles que falam “politiquez”, pensam exactamente o contrário. Estão no exercício do seu direito de opinião e decerto que lá terão as suas razões, que não serão necessariamente coincidentes com as opiniões dos outros.
A prova real desse balanço será feita daqui a três anos, através do exercício do direito de sufrágio pelos munícipes. E nessa prova real contará pouco o “politiquez”, porque os eleitores perceberam há um ano que é possível fazer caminhadas comuns, de livre vontade e sem constrangimentos, com pessoas que pensam diferentemente umas das outras, mas que são capazes de se respeitar. Nessa altura, poderemos então falar em balanço global. Creio que a maioria continuará a sufragar o MIETZ. Se me enganar nessa previsão, estou disposto a reconhecê-lo aqui publicamente.
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Publicado também no jornal ECOS, nº 95 (4-11-2010)

ESTREMOZ - PROGRAMA DA COZINHA DOS GANHÕES 2010



Postado por Hernâni Matos

SIMPÓSIO “CUIDADOS PALIATIVOS, TESTAMENTO VITAL, EUTANÁSIA” / Évora, 27 Novembro 2010


Destinatários:
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Profissionais de saúde; Pessoas que desejem adquirir e actualizar informação básica no âmbito dos cuidados em fim de vida
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Horário e Programa do Simpósio - 9h 30-16h 30:
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09h 30 – Distribuição da documentação;
10h 00 – Sessão de Abertura e apresentação do evento (DR. LUÍS PEDRO MOTA SOARES)
10h 15 – Cuidados Paliativos - intervenção para a Dignidade em fim de vida (DRª ISABEL GALRIÇA NETO)
10h 40 - testemunho de um familiar de doente atendido em CPaliativos (DRª ANA XAVIER MORATO)
11h 00 - Necessidades de Cuidados Paliativos no país; uma proposta para Portugal (ENFº MANUEL CAPELAS)
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11h 30 -11h 45 – Intervalo
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11h 45 –12h 30 – Testamento Vital, será esta a solução para os problemas no final de vida? (DR. JOÃO REBELO, ENFº JOEL FERREIRA)
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12h 45 - 14h 15 – Almoço
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14h 30 – 15h 30 – Eutanásia - Precisamos dela para acabar com o sofrimento? ( DRª ISABEL GALRIÇA NETO)
15h 30 - 16h 30 – Debate
16h 45 – Conclusões do Simpósio e Encerramento (DRª ISABEL GALRIÇA NETO)

Metodologias Pedagógicas:
Exposições teóricas, análise de casos.
Será distribuído um Dossier Bibliográfico de apoio em CD.
Inscrição: Gratuita, mediante contacto prévio para inscrição para o tlf: 213 917 560.
Entrada: mediante inscrição prévia obrigatória e sujeita à capacidade da sala.
Local e Data: Hotel Mar de Ar Muralha (antigo Hotel da Cartuxa), 27 Novembro 2010)
Organização: CDS-PP.

Notícias do Oriente

Consta por aí que a China poderá vir a comprar a dívida soberana de Portugal a preço de saldo… Diz-se também que poderá vir a entrar no capital do BPI… Também se fala que já terá negociado 10% do BCP… Enfim, estas são apenas algumas notícias que envolvem a China e Portugal, porque se alargarmos o âmbito das notícias, a grandiosidade daquilo que lemos e ouvimos é ainda maior. Por exemplo, a China tem as maiores reservas cambiais do mundo; o supercomputador mais rápido do mundo é chinês; se medirmos a dimensão da sua economia não apenas em dólares mas relacionando aquilo que se consegue comprar com a sua moeda (ou seja, usando a denominada “paridade de poder de compra”) a China é apenas e somente a 2.ª maior economia real do planeta, logo a seguir aos Estados Unidos (ou a 3.ª se considerarmos o conjunto da União Europeia nesta contabilidade).
Porém, se considerarmos que a China nos últimos 30 anos – isto é, desde que adoptou a fórmula mágica (e hipócrita também) de “um país, dois sistemas” – multiplicou por 15 a sua riqueza, então conclui-se que muito rapidamente o domínio económico mundial poderá passar para este país. Na verdade, partindo de uma situação miserável herdada da Revolução Cultural de Mao Tsé Tung, a China mercê do acesso à tecnologia que o ocidente lhe transferiu, cresceu a saltos de rã numa primeira fase, a saltos de canguru numa segunda, para estar agora a crescer a saltos de impala, queimando etapas sem ter de passar pelo longo estádio de desenvolvimento tecnológico que caracterizou a Europa ou os Estados Unidos. A questão que deriva desta situação é saber se isto é bom ou mau para o mundo ocidental. Quem souber que responda, mas há aspectos que suscitam apreensão e outros que são animadores.
No primeiro caso, temos que ponderar no facto uma ditadura dita comunista se estar a comportar como o mais vil especulador capitalista, comprando ao desbarato aquilo que os países periféricos da União Europeia – descapitalizados e endividados – têm para oferecer. Agrilhoados pelo poder do dinheiro, estes países constituem o elo mais fraco que facilitarão a implantação da China na Europa, não apenas através dos seus produtos (o que já acontecia) mas agora também através das participações de capital, ganhando espaço nos centros de decisão europeus. Por outro lado, na China impera actualmente um modelo de capitalismo selvagem que na Europa morreu ainda em vida da Rainha Vitória de Inglaterra. Os novos capitalistas chineses exploram sem escrúpulos os seus semelhantes com jornadas intensíssimas de trabalho, sem quaisquer condições e sem quaisquer regimes de protecção social, ao ponto de as vítimas de acidentes de trabalho ficarem à mercê da misericórdia de familiares ou amigos. Finalmente, o ocidente tem estado para lá a transferir tudo quanto é produção trabalho-intensivo criando uma dependência sem precedentes dos seus próprios aparelhos produtivos em relação à China.
Os aspectos positivos são, pelo menos, dois: (1) a China à medida que cresce torna-se também num dos principais mercados de destino, vendo-se forçada a “devolver” o dinheiro que actualmente acumula; (2) quanto mais reduzidas estiverem as assimetrias mundiais e diluídos os poderes económicos, melhor.
Publicado na edição n.º 748 do Jornal Brados do Alentejo;
Também publicado em ad valorem;
As imagens foram colhidas nos sítios para os quais apontam as respectivas hiperligações.

O PROFETA: HERDEIROS DOS SETE VENTOS

O PROFETA: HERDEIROS DOS SETE VENTOS

UM OLHAR NA PAISAGEM - Exposição de Pintura de Armando Alves


Tem lugar no próximo sábado, dia 6 de Novembro, pelas 16 horas, na Galeria São Mamede, no Porto, a inauguração de “Um Olhar na Paisagem”, Exposição de Pintura de Armando Alves, que ali ficará patente ao público até ao próximo dia 31 de Dezembro.
Pintor abstracto geometrizante, reiventor do sentimento da paisagem, Armando Alves nasceu em Estremoz em 1935, fez o curso de preparação às Belas Artes na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, e completou o curso de Pintura na ESBAP onde foi professor assistente de 1962 a 1973. Em 1968 constituiu o grupo “Os Quatro Vintes” com Ângelo de Sousa, Jorge Pinheiro e José Rodrigues. Foi Agraciado em 2006 pelo Presidente da República com o Grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito e pelo Município de Estremoz com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal, tendo recebido mais recentemente, o “Prémio de Artes Casino da Póvoa 2009”.
A sua obra tem sido, frequentemente exposta no país e no estrangeiro. Está representado em diversas colecções particulares e públicas

PAISAGEM (2009) - Óleo sobre tela (45 cm x 50 cm). 
PAISAGEM (2009) - Óleo sobre tela (45 cm x 50 cm).  
PAISAGEM (2009) - Óleo sobre tela (100 cm x 100 cm).  
PAISAGEM (2010) - Óleo sobre tela (73 cm x 92 cm).  
PAISAGEM (2010) - Óleo sobre tela (92 cm x 73 cm).  
PAISAGEM (2010) - Óleo sobre tela (100 cm x 100 cm). 

PINTURA DE RUI ALVES NO CENTRO CULTURAL DE ESTREMOZ

Da esquerda para a direita, Hernâni Matos (presidente da AFA), Rui Alves (Pintor) e José Trindade (Vereador do Pelouro da Cultura da CME).
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“PINTURA DE RUI ALVES” é a Exposição, que desde 31 de Outubro e até ao até ao próximo dia 5 de Dezembro, estará patente ao público, na Sala de Exposições do Centro Cultural de Estremoz.
O certame, da iniciativa da Associação Filatélica Alentejana e que conta com o apoio da Câmara Municipal, é constituída por trinta e cinco trabalhos de acrílico sobre tela, onde o tema dominante é o Alentejo que viu o artista nascer: gente, casarios e paisagens.
Pintura a espátula saída das mãos de quem também é escultor. Pintura que esculpe casas na paisagem alentejana, memória e saudade dum Alentejo onde nasceu e que tem a ver com o mais profundo do seu ser. Quadros que são a imagem do seu e do nosso Alentejo, filtrado através do seu olhar de artista, a partir do qual faz o registo conjugado dos volumes, das formas, das cores e das texturas, em tudo aquilo que toca a sua e a nossa alma.
Rui Alves nasceu em Estremoz em 1956, tem o Curso de Artes Gráficas da Escola António Arroio e desde 1975 que trabalha em Cinema, Fotografia, Teatro, Publicidade, Adereços, Decoração, Efeitos Especiais e é claro, Pintura e Escultura.
No presente ano já expôs na Freguesia de São João de Brito (Lisboa), Sociedade Recreativa e Dramática Eborense (Évora), Círculo Experimental de Teatro de Aveiro (Aveiro) e Espaço Nimas (Lisboa).
À “vernissage” compareceram mais de seis dezenas de amigos e admiradores, que assim lhe quiseram testemunhar o elevado apreço em que têm o seu trabalho.


 Francisca de Matos, recitando Miguel Torga.
António Simões dizendo-se a si próprio.
Um aspecto do público.
 
 CEIFEIRA. Acrilico sobre tela (126 x 126 cm).
 ROSTO. Acrilico sobre tela (50 x 70 cm).
 CASAS. Acrilico sobre tela (71 x 56 cm).
HORIZONTE. Acrilico sobre tela (60 x 80 cm).
MONTE. Acrilico sobre tela (50 x 70 cm).